Epifania do Senhor
Neste mês de janeiro celebramos a festa da Epifania do Senhor, epifania quer dizer manifestação. A festa da Epifania é celebrada a 6 de janeiro, salvo por razões pastorais, onde é transferida para o domingo para que os fiéis possam assistir a Santa Missa. Nos primórdios do cristianismo era neste dia que se celebrava o nascimento do Redentor, até que a data do dia 25 de dezembro fosse fixada.
Neste dia a Igreja nos convida a uma reflexão. Nosso Senhor se manifesta pela primeira vez para a humanidade como menino Deus. Durante toda a sua vida muitos constataram através dos milagres e ações que Cristo era ipsum factum o Filho do Homem, entre eles aquele que foi chefiado para o pastoril universal da Igreja, Pedro. Mas quem teve a graça de reconhecer pela primeira vez o Rei dos Judeus, foram os três Magos.
Mesmo que não fossem reis, eram sábios de muitas posses dado o empreendimento que fizeram por conta da viagem e, portanto, poderiam ter escravos judeus que lhes ensinaram a Revelação. Mas foi pela fé e com a leitura das Escrituras que puderam através da estrela encontrar Aquele cujo encontro mudaria para sempre suas vidas. Vale lembrar que eles vieram de longe, e percorreram um caminho difícil até Aquele que os atraiu, talvez isso nos queira lembrar sobre o caminho do nosso seguimento a Cristo. “Aquele que os atraiu”, percebemos que os reis não toparam com Cristo, foram atraídos, guiados, em contra partida a isso tiveram a boa disposição de encontrar a Verdade, é como diz o Evangelho de São João VI, 44: “Ninguém pode vir a mim se o Pai não o atrair.” E meus caros o Pai deseja atrair aqueles que querem ser atraídos! Por fim os reis depositam diante daquela “frágil criança” três presentes cheios de significados. Ouro, metal nobre e real: Reconhecendo a realeza de Cristo; Incenso, resina aromática usada na Liturgia, símbolo da nuvem, presença de Deus. Da prece que sobe até os céus: Reconhecendo a divindade de Cristo, único mediador entre Deus e os homens, por Ele é que sobem as nossas preces; Mirra, resina aromática, utilizada para ungir os corpos dos defuntos, talvez já fazendo uma menção a morte de nosso Senhor: Reconhecendo a humanidade de Cristo.
Devemos aproveitar o ano que se inicia e a oportunidade que a Sagrada Liturgia nos dá, a fim de tomarmos parte da epifania contínua que se renova sobre os nossos altares e fazermos uma experiência com Cristo, que quer iluminar as trevas dos nossos corações e de nossas mentes.
Que o Deus do Amor nos ilumine como outrora guiou os magos a seu Filho Jesus, nos faça fugir dos novos “Herodes” que tentam matar a nossa Fé e nos guarde pelos séculos dos séculos, amém.
Equipe PasCom
