Nosso blog postou um
texto falando da vida de oração na família do Papa Emérito Bento XVI. Ainda
nesse clima de pensar na grande importância da oração em família, será
apresentada uma exortação que o Beato Papa João Paulo II fez às famílias na
Carta Apóstólica Rosarium Virginis Mariae
(RVM), pedindo para que seus membros tivessem o costume de rezar juntos.
Nesta Carta Apóstólica,
o saudoso Beato João Paulo II tratou sobre o Rosário e sobre a grande riqueza
dessa oração para a vida da Igreja. Dizia o Santo Padre que “é preciso não
deixar perder essa preciosa herança. Importa voltar a rezar em família e pelas
famílias, servindo-se ainda desta forma de oração” (RVM, 41). Assim sendo,
explica o Romano Pontífice:
“A família que reza unida, permanece unida. O Santo Rosário, por
antiga tradição, presta-se de modo particular a ser uma oração em que a família
se encontra. Os seus diversos membros, precisamente ao fixarem o olhar em
Jesus, recuperam também a capacidade de se olharem sempre de novo olhos nos
olhos para comunicarem, solidarizarem-se, perdoarem-se mutuamente, recomeçarem
com um pacto de amor renovado pelo Espírito de Deus.
Muitos problemas das
famílias contemporâneas, sobretudo nas sociedades economicamente evoluídas,
derivam do fato de ser cada vez mais difícil comunicar. Não conseguem estar
juntos, e os raros momentos para isso acabam infelizmente absorvidos pelas
imagens da televisão. Retomar a recitação do Rosário em família significa
inserir na vida diária imagens bem diferentes – as do mistério que salva: a
imagem do Redentor, a imagem de sua Mãe Santíssima. A família, que reza unida o
Rosário, reproduz em certa medida o clima da casa de Nazaré: põe-se Jesus no
centro, partilham-se com ele alegrias e sofrimentos, colocam-se nas suas mãos
necessidades e projetos, e dele se recebe a esperança e a força para o caminho”
(RVM, 41).
Além disso, no número 5
da referida Carta Apostólica, o Beato João Paulo II alerta que “há necessidade
dum Cristianismo que se destaque principalmente pela arte da oração”, sendo
“extremamente urgente que as nossas comunidades cristãs se tornem autênticas
escolas de oração” (RVM, 5). Ao pensarmos em comunidades, precisamos ter em
mente que não se trata apenas das capelas, das igrejas, das paróquias, mas
também da família (D. Miguel M. Giambelli, Como
rezar bem o Rosário, Editora Canção Nova). Portanto, as famílias devem ser
escolas de oração, pois família que reza
unida, permanece unida.
Equipe PasCom
